Eram seis e quarenta da manhã quando acordei –e sei disso porque a primeira coisa que faço
ao abrir os olhos é encontrar o celular em meio aos lençóis para checar o
horário-, estava frio e aquela costumeira, nostálgica e clichê “luz da manhã”
parecia ter-se esquecido de seu trabalho. Ainda assim, deixei a preguiça de lado e
decidi me levantar, tropeçando em meus bocejos fui até a cozinha e coloquei a
água para ferver e só então fui escovar os dentes e “acordar” de verdade.
Como parte da rotina- após o café-
é hora de estudar. Foi quando percebi que estava sem internet, e sim, eu sei
que poderia estudar apenas com os livros, mas em algum momento meus olhos
encontraram aquele livro -As vantagens de ser invisível- e ao pega-lo, foi como
voltar aquele onze de fevereiro de dois mil e quatorze, e me lembrei de como
aquele presente tinha sido o melhor de todos, pois há um tempo havia descoberto
o poder de cura- ou distração- que um
livro tem; mas o que realmente me deixou feliz, foi lembrar do sorriso do
menino de quem o havia ganhado, e da forma como eu o perturbava- por causa de seu
daltonismo- durante os jogos de xadrez com peças coloridas e ainda assim ele
sempre me vencia.
Decidi naquele momento que
me daria um tempo, peguei o livro e com um pulo, estava em minha cama e em
voracidade - e mais uma vez- me deleitava do prazer de suas páginas. Um livro inteiro de cartas, que ideia genial!
Não sei se é porque simplesmente amo cartas ou a forma como Stephen chbosky
escreveu aquelas, mas naquele momento, senti uma enorme necessidade de
escrever; e antes mesmo de me levantar já sabia sobre o que o faria.
Descobri que já não quero escrever
com rodeios e exageros; pela primeira vez em muito tempo, desejo escrever a
verdade pura e absoluta. Quero contar sob os dias em que acordo triste, mas
também sobre os dias em que acordo radiante, e o modo como o cheiro de café e
torrada pela casa me encorajam a prosseguir e ir atrás do meu sonho.
Devo contar também sobre como adoro o modo que
meu novo amigo no cursinho costuma me perturbar dizendo “ e ai Dr. Ana ?
entendeu ou devo desenhar?” e em como sinto inveja da inocência de minha amiga
que em muito se assemelha a garota de “coralina
e o mundo secreto” e com certeza não poderia deixar de comentar o quão
perturbadora e engraçada é, a a visão do garoto-com o estranho apelido de
“capacete”- devorando aqueles pedaços de bolo e dizendo “ sai daqui, isso é
meu” enquanto abraça o pote formando um forte ao seu redor.
E não posso me esquecer de contar a quão
acolhida me sinto pela nova família em que ganhei – me doei de brinde- através
do namoro de meu irmão e de como estou feliz por ele estar feliz. Mas acima de
tudo não poderia deixar de dizer o quanto ando feliz- em paz –, e mesmo depois
dos péssimos resultados de algumas provas, ainda me sinto motivada a
prosseguir. e nesse momento, me sinto infinita...
PS: Sei que já citei muitas vezes " as vantagens de ser invisível " por aqui, e provavelmente farei mais vezes, porque esse livro simplesmente é...(não há palavras para descrever)
Eu nem tinha lido seu comentario no post que escrevi, mas acabei inconscientemente seguindo seu conselho. Hoje foi dia de café.
ResponderExcluirE você tire um tempo pra você mesma. Ás vezes é necessário.
Bj
Pode deixar (; preciso tirar um tempo para o blog também, escrever faz muita falta entende? Acho que sim.
ExcluirLindo texto :D
ResponderExcluir"Nova família" ownt
Você é um lindo presente de Deus para mim.
Awnt sua fofa! Vou sentir mta falta de vocês quando for embora. Vocês ganharam um grande espaço no meu ♡
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