segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Infinito

Eram seis e quarenta da manhã quando acordei  –e sei disso porque a primeira coisa que faço ao abrir os olhos é encontrar o celular em meio aos lençóis para checar o horário-, estava frio e aquela costumeira, nostálgica e clichê “luz da manhã” parecia ter-se esquecido de seu trabalho. Ainda assim, deixei a preguiça de lado e decidi me levantar, tropeçando em meus bocejos fui até a cozinha e coloquei a água para ferver e só então fui escovar os dentes e “acordar” de verdade.
Como parte da rotina- após o café- é hora de estudar. Foi quando percebi que estava sem internet, e sim, eu sei que poderia estudar apenas com os livros, mas em algum momento meus olhos encontraram aquele livro -As vantagens de ser invisível- e ao pega-lo, foi como voltar aquele onze de fevereiro de dois mil e quatorze, e me lembrei de como aquele presente tinha sido o melhor de todos, pois há um tempo havia descoberto o poder de cura- ou distração-  que um livro tem; mas o que realmente me deixou feliz, foi lembrar do sorriso do menino de quem o havia ganhado, e da forma como eu o perturbava- por causa de seu daltonismo- durante os jogos de xadrez com peças coloridas e ainda assim ele sempre me vencia.
Decidi naquele momento que me daria um tempo, peguei o livro e com um pulo, estava em minha cama e em voracidade - e mais uma vez- me deleitava do prazer de suas páginas.  Um livro inteiro de cartas, que ideia genial! Não sei se é porque simplesmente amo cartas ou a forma como Stephen chbosky escreveu aquelas, mas naquele momento, senti uma enorme necessidade de escrever; e antes mesmo de me levantar já sabia sobre o que o faria.
Descobri que já não quero escrever com rodeios e exageros; pela primeira vez em muito tempo, desejo escrever a verdade pura e absoluta. Quero contar sob os dias em que acordo triste, mas também sobre os dias em que acordo radiante, e o modo como o cheiro de café e torrada pela casa me encorajam a prosseguir e ir atrás do meu sonho.
 Devo contar também sobre como adoro o modo que meu novo amigo no cursinho costuma me perturbar dizendo “ e ai Dr. Ana ? entendeu ou devo desenhar?” e em como sinto inveja da inocência de minha amiga que em muito se assemelha a garota de  “coralina e o mundo secreto” e com certeza não poderia deixar de comentar o quão perturbadora e engraçada é, a a visão do garoto-com o estranho apelido de “capacete”- devorando aqueles pedaços de bolo e dizendo “ sai daqui, isso é meu” enquanto abraça o pote formando um forte ao seu redor.
 E não posso me esquecer de contar a quão acolhida me sinto pela nova família em que ganhei – me doei de brinde- através do namoro de meu irmão e de como estou feliz por ele estar feliz. Mas acima de tudo não poderia deixar de dizer o quanto ando feliz- em paz –, e mesmo depois dos péssimos resultados de algumas provas, ainda me sinto motivada a prosseguir. e nesse momento, me sinto infinita...


PS: Sei que já citei muitas vezes " as vantagens de ser invisível " por aqui, e provavelmente farei mais vezes, porque esse livro simplesmente é...(não há palavras para descrever)

4 comentários:

  1. Eu nem tinha lido seu comentario no post que escrevi, mas acabei inconscientemente seguindo seu conselho. Hoje foi dia de café.

    E você tire um tempo pra você mesma. Ás vezes é necessário.

    Bj

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    1. Pode deixar (; preciso tirar um tempo para o blog também, escrever faz muita falta entende? Acho que sim.

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  2. Lindo texto :D
    "Nova família" ownt
    Você é um lindo presente de Deus para mim.

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  3. Awnt sua fofa! Vou sentir mta falta de vocês quando for embora. Vocês ganharam um grande espaço no meu ♡

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