sábado, 14 de dezembro de 2013

tempo de guerras

O sangue quente escorria pela minha bochecha, em minhas mãos tremulas, oque restara de minha laça partiu furiosamente para seu peito, mas ele tem reflexos bons, é um guerreiro ágil e rápido, logo se defendendo e atacando antes que eu posso piscar; meu escudo, já trincado, aguentara apenas mais alguns segundos, é claro que já vejo a morte, quero dizer, toda a vida passando em meus olhos, e tudo que consigo pensar, é que acabou, que perdi, todas as estratégias que fiz em minha vida, foram em vão, assim como os sonhos.
“ crac”, meu braço quebrou, a dor de tentar manter o escudo, é de enlouquecer, solto a lança para junto do outro braço tentar ter mais resistência, já posso sentir sua fria lança sobre meu peito, e então me lembro, a faca, é eu tenho uma faca, uma válvula de escape, no último momento discretamente, gritando de dor para distrai-lo eu a pego, e cravo em sua perna que agora pressionava o pé em meu pescoço, em um urro de dor, ele se afasta, tempo suficiente para mim rolar saindo de baixo de seus pés, com o sangue e suor a jorrar cada vez mais em meu rosto, e com a dor alucinante no braço, me levanto, devolvo a analise ocular, e me preparo para uma nova batalha.
Acho que li em algum lugar, que é comum, a falta de confiança em um primeiro relacionamento, principalmente se um dos dois for mais velho ou já ter tido outros relacionamentos, é claro que idade nunca foi problema pra mim, mas acho que até o momento, não havia pensado na idade mental, ou melhor, nas experiências que nos fazem mais maduros, como eu disse a algum tempo aqui neste blog, sempre me senti uma princesinha presa e bem guardada em seu castelo, eu ia a escola, depois para casa, amigos me visitavam, eu não visitava amigos, igreja e casa, e sempre imaginei que um príncipe me libertaria, é, como minha mãe dizia, desejar que a vida seja um conto de fadas, nem sempre faz bem ao coração, primeiro, fomos Romeu e Julieta, depois, Shrek e Fiona, e agora, somos apenas nós, o verdadeiro eu.

Duas cabeças diferentes, uma orgulhosa demais, e a outra insegura demais. Não sei se há cura para isso, mas aos poucos sinto que meu escudo, o amor, esta trincando, e a lança, brigas e discórdias, estão cada vez mais fria e mais forte, e nós os guerreiros? Esgotados, machucados e quebrados. Essa é a primeira história desse blog em que eu, a autora, não sei o final. Eu queria lhe poupar, me poupar de escolher caminhos, mas infelizmente, escolher, é a lei da vida.  Pois ficar em cima do muro, com o tempo se torna tedioso. E o tédio nos deixa nervosos, e o nervosismo nos deixa agressivos. E então uma guerra começa.

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