“o dia que sai de casa...” cantarolava a vizinha logo de manhã
enquanto lavava suas roupas alegremente, é claro que isso não me deixou dormir
pois sua lavanderia dividia a parede de meu quarto; em um pulo me levantei, e
sai em disparada ao banheiro, e então “puf” bati de novo o pé no ventilador, e
na mesma hora lembrei de quando minha mãe dizia, “acenda a luz antes de fazer
algo”, pois é bem assim, as vezes a dor nos ensina mais do que avisos.
Não é uma coisa boa, mas posso dizer que conheço a dor desde
muito pequena, tipo, literalmente, porque todos nós passamos por aquela
situação de mexer em algo que a mamãe avisa que vai machucar, e quando experimentamos
a dor da desobediência, de quebrar a cara ou até mesmo de frustração que realmente apreendemos e não repetimos.
Pelo menos é o
que eu costumo fazer, mas não é ai que quero chegar; eu nunca achei que um dia
admitiria a falta de meu pai, pois por muito tempo senti raiva por nos deixar,
me deixar, quando eu mal tinha 5 anos, hoje imagino quantas coisas e quanto sofrimento ele poderia ter me poupado,
mas ao mesmo tempo sou grata, pois com a dor apreendi, amadureci, e então consigo
me orgulhar do que eu sou hoje, é claro que haverá quem diga que não sou algo
de muito valor, mas depois de tanta dor, tanta dor, os “outros” não me importa.
Não me afeta.
Mas hoje, só o que quero fazer é desejar, força, a todos
nós, porque a dor é inevitável, cedo ou tarde ela chegara, seja no amor ou na
raiva, na riqueza ou pobreza, e lembrar de que ela e momentos difíceis são necessários
para nosso crescimento espiritual e mental, agora, pode parecer estranho pra
você que está lendo isso, mas logo haverá um momento que lembrarás dessas
palavras escritas aqui.
É claro que demorou muito tempo para mim superar coisas desse tipo, mas eu consegui, espero que outras pessoas também consigam. Força e coragem. Esses são meu votos hoje.
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