Já esta amanhecendo, e o sol impetuoso e invasor que tristonhamente quebra a escuridão do meu quarto.
Um piscar de olhos, um longo suspiro, um bocejar..e “voulá” estamos de volta a rotina.
Não sei bem se posso chamar isso de rotina. Mas vestir uma armadura enquanto feridas estão expostas de baixo desta e enfrentar olhares de decepção e rumores de reprovação parece bem apropriado para alguém como eu.
Durante o café a leve brisa que atravessa a cortina da cozinha e o pouco cereal com leite em minha boca, quebram todo o silencio, silencio... Doce silencio.. o melhor remédio pros loucos, problemáticos e dos que sofrem com um coração doente ou de mentes cansadas.
Em frente ao espelho... Tenho surtos em minha mente; nada de gritos e nem lagrimas.. Apenas minha mente em desespero. Acho que realmente estou ficando louca.; estou tendo alucinações..vejo fantasmas no espelho...quer dizer, apenas um fantasma, uma garota.. Magra ao extremo.. Pálida como as paredes do seu coração em processo de mumificação.
Em meus pés estão a velhas pantufas..que mesmo sendo fofas e quentes não aquecem e nem descansam meus pobres pés feridos e frios como o piano- minhas alegrias- ao canto da sala. Que anseiam pelo toque de meus dedos..ou de uma limpeza para tirar as teias. Mas não posso..por mais que queria, não posso tocá-lo.. Não posso limpa-lo. Porque ele não existe.
Eu gosto de acreditar que tudo esta bem, quando nada esta. Mas às vezes Isso machuca bem mais que a verdade.
devolta a ativa.
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