Já errei demais por este caminho que trilhei, e agora, simplesmente cansei de esconder minhas origens. Cansei de mentir sobre o meu lar, cansei de brincar de não ser eu. Ainda me lembro de todas as vezes que ao me olhar sobre o espelho maldito disse a mim mesma, que as coisas seriam diferentes, que nada daquilo era pra mim, aquele não era meu lugar. E foi então, que conheci abismos, espinhos, dores e magoas
.
Caminhei por estradas estranhas, escuras e confusas, parti meu coração, dilacerei meus sentimentos pela aquela terra, a qual eu dizia boa demais para ali meu frutos plantar. A questão é desde pequena habita em mim um velho espírito aventureiro, eu sempre soube que aventuras quase sempre são compostas de perigos, mas para mim, quanto maior o perigo mais real a aventura, mas o que pouco eu sabia era que aventureiros, também se ferem, se perdem e acima de tudo se cansam.
Escalar, correr, lutar, sofrer. Rir, pular, gritar o quanto e mais alto que puder. Todos estes, são feitos de aventureiros, mas tudo que tem um fim tem um começo. E todo aventureiro tem suas escolhas, ainda pequena tive a minha, as opções eram apenas duas, ficar ou partir; talvez essa não tenha sido a melhor, mas partir parecia bem apetitoso para a minha fome de perigo; a batalhas ali já havia se tornando repetitivas para mim, e então nasceu o desejo de algo melhor.
Durante muito tempo tentei fazer como Suzana, tentei dizer que tudo não passou de uma brincadeira, mas havia noites, como aquelas de tempestades ou até mesmo as de fortes ventos frios, em que o chão de uma velha caverna se tornara minha cama, e então o velho conhecido “remorso” me visitara, e a saudade me aquecia.
Houve uma noite, que pensei em voltar, lembro-me de ter arrumado tudo, e decidido que ao amanhecer voltaria, mas o medo outra vez me abateu, semanas se passaram e ali permaneci, e agora nem mesmo as aventuras me surpreendiam, esta noite chorei, mas logo o sono chegou, adormeci durante 15 minutos e então ouvi um grande barulho, na verdade um “rugido” e então compreendi “Aslam me chama.”
“ ohh Narnia, me espere, já estou voltando, e desta vez não irei partir, e sobre o meu povo não irei mentir, Narnia meu lar, meu conforto.”
Para: meu querido irmão Fernando Falheiros.
“foi Lucia quem apresentara Narnia a Pedro, essa mesma historia se repetiu comigo, mas desta vez foi o meu Pedro, quem me guiou até lá.”
O chamado - Regina Spektor (tradução)
ResponderExcluirComeçou como um sentimento
Que cresceu e se tornou uma esperança
Que se transformou num pensamento silencioso
Que se transformou numa palavra silenciosa
E então essa palavra cresceu mais e mais alto
Até ser um grito de guerra
Eu voltarei,
Quando você me chamar
Não precisa dizer adeus
Só porque tudo está mudando
Não significa que nunca
Tenha sido assim antes
Tudo o que você pode fazer é tentar saber
Quem são seus amigos
Enquanto vai para a guerra
Escolha uma estrela no horizonte escuro
E siga a luz
Você voltará
Quando acabar
Não precisa dizer adeus
Você voltará
Quando acabar
Não precisa dizer adeus
Agora estamos de volta ao começo
É só um sentimento e ninguém conhece ainda
Mas só porque eles não podem sentir também
Não significa que você tem que esquecer
Deixe as suas memórias crescerem fortes e mais fortes
Até que estejam na frente dos seus olhos
Você voltará,
Quando eles te chamarem
Não precisa dizer adeus.