quinta-feira, 12 de abril de 2012
Uma viagem pelas ruas da morte;
Estava tudo escuro e frio, naquela rua cinzenta e sombria; havia apenas eu, não sabia onde estava. Minha visão embaraçada apontava meus olhos atordoados, e às vezes parecia que quanto mais eu andava mais fraca me sentia.
Ela me pegou de surpresa, levando tudo; família, amigos, eu, minha vida. Eu estava sozinha em algum lugar que não reconhecia, até que então avisto alguém, ainda fraca corro até o ser, mas o engraçado era que quanto mais corria, mais ela parecia estar longe; minhas forças se acabam e então uma dor horrível no lado esquerdo do peito me consome, e quando me vejo o chão esta bem perto de meu rosto.
Não sei quanto tempo permaneci ali, mas sei que foi muito, mas ao me levantar ainda era noite ou talvez madrugada e agora estava tudo mais frio ainda. E comecei novamente a caminhar.
Minhas pernas tremiam, causando um forte desequilíbrio ao meu corpo. Mas mesmo assim permaneci a andar. Mas agora não estava sozinha. Por onde eu passava, havia mais pessoas e todos me olhavam, talvez só fosse uma impresão, mas era como se todos estivessem decepcionados, como se esperacem algo que não fiz. E quanto mais eu andava mais eles pareciam em minha direção olhar. O medo já se absorvia ao meu respirar. Decidi correr, mas meus pés pesavam e agora eles vinham em minha direção, ate hoje não sei dizer o porquê tive medo, lagrimas escorriam aos montes pelo meu rosto, suava friamente de agora também gritava, como sempre fechei os olhos, com as mãos abafei o os ouvidos e pedi pra que me deixassem. E derrepente tudo pareceu virar um terrível silencio, e quando finalmente abri os olhos, me via em um clarão.
Ainda com as mãos sobre os ouvidos, me levantei e agora ao meu redor não havia paredes de concretos e sim espelhos, milhões de espelhos, mas havia algo estranho porque não refletia eu apenas de uma forma, mas de milhões de formas, e ali os reflexos falavam, naquele momento eu poderá ouvi-los mas não os compreendias. Algumas vezes escutava uma de minha versões dizendo “ talvez se você a tivesse dado ouvindo”, “talvez se você tivesse parado”; eram tantos “ talvez..” que até me sentia constrangida, mas aquela sensação mudou quando ouvi a frase “ talvez você estivesse viva.”
E foi então que tudo sumiu e só o que restou foi o meu próprio reflexo naquele momento, minhas roupas rasgadas e sujas chamavam minha atenção, minhas mãos cheias de sangue me deixaram sonsa até então que olhei para o lado esquerdo de meu peito e ali uma grande cratera, eu estava morta.
Lancei-me contra o espelho na esperança de quebrá-lo e de aquilo fosse mais um de minha ilusões mas não adiantou pois havia muito mais deles a minha volta. Pensei ter tudo acabado então, foi quando uma luz avistei ao canto de onde estava e logo depois alguém. Não consegui lhe ver o rosto, mas estava vestido de terno brando e gravata prata, o ser juntamente com a luz agora vinha em minha direção, e quando mais próximo tive de fazer força para não fechar os olhos, pensei que fosse fazer o mesmo que os outros,mas não ele se agachou e suas mãos limpas e brancas como a neve me estendeu, não pude deixar de reparar mas em suas mãos havia assim como em meu peito um buraco, tive a impresão de que já o conhece-se mas não me lembrava. Foi então que por algum motivo segurei em suas mãos e agora na sala de espelho não estava mais, e sim no que parecia um necrotério. O moço que antes me estendeste mão estava lá também, mas agora não segurava a minha mão estava ao lado do que parecia ser um corpo. Fui até lá. Olhei em seus olhos que agora estava vista, eles brilhavam como águas cristalinas, sua face não demonstrava nenhuma reação. Dirigi o olhar ao corpo coberto por um manto branco sobre a mesa, logo levei minhas mãos ao manto e ele fez um sinal com olhos como se disse-se “vai, puxe.” E assim foi o que fiz, e então a surpresa: lá estava eu. E em meu rosto frio deslumbrava a palidez. Mas em estantes aquilo não era nada pois agora avistara meu peito esquerdo que tinha uma rosa negra que o atravessara e cuja nesta as pétalas eram enfeitadas com as seguintes palavra “ ódio, magoas e raiva.”
“Às vezes o orgulho parece resolver tudo, mas o que nós mesmos não sabemos e que é ele quem nos mata”
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parabéns, Anne! Acho que vc um dia será uma grande escritora. Desenvolve bem a ideia e prende a atenção do leitor. Uma boa história e uma climax muito bom.
ResponderExcluirAdorei te encontrar lá no Chocolate e espero que vc apareça sempre. Do meu lado, já vou estou te seguindo pra poder acompanhar de perto seus textos.
Beijokas e meu carinho.
Seguindo...
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